Dia 15/1/2018, segunda - de ARIQUEMES/RO a CÁCERES/MT- 1.034 km hoje. Total de 9.968 km rodados desde Brasília (sendo 3457 no Brasil, 2160 na Argentina e 2349 no Chile e 2002 km no Peru)
1) Saímos de Ariquemes cedo, por
volta das 7h, depois de tomar o melhor café-da-manhã de toda a viagem, na pousada que nos
cobrou uma diária de 95 reais em quarto individual, com direito a piscina.
Enchemos a pança porque nosso objetivo de hoje era pilotar mais de 1000 km até
Cáceres/MT. Adoro desafios! Já pilotei quilometragens acima de 1000 km, num
único dia, por mais de uma dúzia de vezes, mas sempre por estradas boas. Essas
daqui da Região Norte são complicadas. Os buracos da BR 364 só desaparecem a
partir de Vilhena, quase 500 km depois de Ariquemes. Quando entramos no Mato
Grosso tudo foi maravilhoso. Estradas boas e bem sinalizadas, dentro de um
cenário belíssimo. Conseguimos recuperar o tempo perdido em Roraima.
Curiosamente, foi no Mato Grosso (terra do agronegócio e das pastagens) que
vimos a floresta amazônica que faltou no Acre e em Rondônia. Conseguimos
cumprir os 1034 km de hoje em 12h exatas de viagem. Chegamos cansados, mas
inteiros, em Cáceres.
2) No nosso primeiro
abastecimento, em Presidente Médici/RO, ficamos sabendo da morte de um
motociclista de Franca/SP, que conhecemos na fronteira do Peru: José Paulo Violante, ocorrido
no dia anterior. Conversamos bastante com ele durante o almoço em Iñapari
(Peru), antes de entrar no Brasil. Zé Paulo pilotava uma KTM, tinha 65 anos e muita
experiência em viagens pelo Brasil e América do Sul. Ficamos baqueados com
isso. Motociclista que se encontra pela estrada sempre deixa boas recordações. Ele
poderia ter morrido nas milhares de curvas da Cordilheira dos Andes, no
trânsito caótico de qualquer cidade peruana ou nos buracos da BR 364... mas não! Foi morto por um motorista que
fez uma conversão na pista sem olhar para o retrovisor. Que Deus cuide dele do outro
lado da vida.
3) Depois de quase 10.000 km
rodados e 22 dias longe de casa, o cansaço começa a transbordar. Isso sempre
acontece no caminho de volta. O batidão da estrada começa a surtir efeitos
no nosso corpo. Mas estamos calejados. Vamos com calma, porque nenhum risco
vale a pena a esta altura do campeonato. Chegar em casa na paz é nosso
principal objetivo.
4) Gilson e Paulo Amaral já
deixaram Porto Velho/RO. A revisão da moto do Gilson na concessionária BMW de lá foi feita pela manhã. Estão aproximadamente 400 km atrás de nós. Isso significa
que deveremos chegar em Brasília no mesmo dia. Zael também já revisou sua
Africa Twin em Rio Branco e está vindo pilotando em viagem solo. Chegará um dia depois de nós. É uma pena
não estarmos todos juntos.
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Um pouco da floresta |
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Floresta Amazônica no MT |
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Alegria em ver um pouco da floresta amazônica no MT |
Dia 16/1/2018, terça - de CÁCERES/MT a BARRA DO GARÇAS/MT - 740 km hoje. Total de 10.708 km rodados desde Brasília (sendo 4197 no Brasil, 2160 na Argentina e 2349 no Chile e 2002 km no Peru)
1) Quanto mais rodamos, mais tomamos consciência do quanto nosso país é imenso. Não só pelo tamanho, mas pela diversidade de cenários e ecossistemas. À medida que o cansaço vai tomando o corpo, nossa mente fica mais sensível às belezas mínimas que encontramos pelo caminho. Ainda faltam 600 km pra chegar em casa. Amanhã estaremos! Vai ser uma luta contra a ansiedade de ver logo os filhos, os amigos e a família.
2) Estamos bastante consternados com a mortandade de animais silvestres que vimos atropelados pelas rodovias desde que entramos no Brasil. Eu não saberia como resolver isso, mas é um número absurdo de animaizinhos mortos pelas bordas da rodovia.
3) Chegamos antes do anoitecer em Barra do Garças/MT, à beira do rio Araguaia, para nosso último pernoite longe de casa.
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Marcus e Anderson nas estradas do MT |
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Rodovias do MT |
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Rodovias do MT |
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Mato Grosso |
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Pôr-do-sol em MT |
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Eu (Flávio), na beira do Araguaia |
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Última cerveja na viagem, em Barra do Garças/MT |
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