30 e 31/12/2017
- sábado e domingo - de RODEO (ARG) a VICUÑA (CHILE) - 271 km rodados hoje.
Total de 3.944 km (sendo 1636 no Brasil, 2160 na Argentina e 161 km no Chile)
(escrito por Flávio Faria)
(escrito por Flávio Faria)
1) Antes de
sairmos do hotel hoje, em Rodeo, nossos outros dois parceiros: Paulo Amaral e Anderson, já estavam
na estrada com destino ao Atacama. Pararam pra pernoitar em Presidente Prudente/SP.
Iremos nos encontrar no dia 3/1/2018 em San Pedro de Atacama (Chile).
2) Hoje foi um
dia que seguramente marcará nossas vidas. Atravessar de moto o Paso de Agua
Negra (região da Cordilheira dos Andes que separa a Argentina do Chile) é algo
para poucos privilegiados. De fato, é um cenário único nesse planeta tão
diversificado. As montanhas totalmente sem vegetação é um lugar impróprio para
a vida humana. Interessante perceber que nesses locais ermos nós aprendemos a
valorizar ainda mais nossas próprias vidas, a perceber o quanto somos pequenos diante da
grandiosidade da obra divina. São 200 km sem qualquer povoado ou cidade. Nada se vê
além de pedras e areia de colorações variadas, em altitudes que chegam aos 4753
metros. Difícil de respirar. Foi nessa região que caiu o avião uruguaio, em 1972,
em que os sobreviventes tiveram que recorrer ao consumo de carne humana para se
manterem vivos.
3) Curvas e
mais curvas, centenas delas de 180 graus, nos esperavam. Subidas e descidas íngremes
nos 77 km do temido rípio (cascalho) foram vencidas lentamente, beirando
despenhadeiros cinematográficos. Sofremos com o compartilhamento da via com caminhonetes 4x4 que levantavam poeira na nossa frente. Nessas horas é bom ter certo "senso
de covardia" para encarar esse terreno pedregoso e não pavimentado.
Como dizem lá em Minas : "Precaução e caldo de galinha nunca mataram
ninguém". Fizemos toda a travessia em segurança, sem nenhum incidente ou
risco digno de ser mencionado.
4) A parte mais
bela do Agua Negra são os blocos de gelo branco que se formam nas laterais da
pista (vejam fotos) e os lagos esverdeados acima dos 3 mil metros de altitude.
2h50 na aduana chilena, em busca de sombra |
Belíssimo!
ResponderExcluirMuito bom....
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